Prefeito de Canela se manifesta contra pedágio na Estrada do Caracol e defende ciclovia no local

A recente articulação política do prefeito de Canela, Gilberto Cezar, em oposição à instalação de um pedágio na ERS-466, conhecida como Estrada do Caracol, revela não só um movimento local de resistência, mas também um profundo compromisso com a proteção dos interesses da comunidade canelense.

A proposta do Governo do Rio Grande do Sul para implementar um sistema de cobrança “free flow” na ERS-466, como parte do novo modelo de concessão do Bloco 1 de rodovias, tem gerado amplas discussões. Para muitos cidadãos, essa medida pode significar um impacto negativo direto na dinâmica local, especialmente para aqueles que dependem da estrada para acessar serviços e atrações turísticas na região.

Gilberto Cezar não hesitou em agir rapidamente após a divulgação do projeto para manifestar sua oposição. Ele entrou em contato com a administração estadual, demonstrando a sua preocupação e propondo uma reunião para apresentar dados que sustentam a sua posição. A estratégia dele não é apenas barrar a taxação; é também uma defesa da infraestrutura que promova o turismo e a qualidade de vida da população local.

Prefeito de Canela se manifesta contra pedágio na Estrada do Caracol e defende ciclovia no local

A resistência do prefeito de Canela em relação ao pedágio na ERS-466 é um reflexo da vontade da comunidade em preservar as belezas naturais e o turismo que a região oferece. A ERS-466 é uma das rotas mais icônicas que liga Canela ao Parque do Caracol, um destino turístico muito popular. Gilberto Cezar argumenta que a instalação do pedágio vai desencorajar visitantes e dificultar o acesso dos residentes ao parque, prejudicando a economia local.

Além de se opor à taxa, Cezar apresenta uma proposta alternativa: a construção de uma ciclovia que conecte o centro de Canela aos parques. Esta ideia não apenas visa promover a mobilidade sustentável, mas também pretende incentivar o turismo ecológico, permitindo que os visitantes desfrutem das paisagens sem a necessidade de veículos automóveis. A ciclovia é uma maneira de oferecer um acesso mais seguro e agradável à natureza, especialmente em uma região que já é reconhecida por sua beleza cênica.

A proposta também está alinhada com tendências globais que incentivam o turismo sustentável e a preservação ambiental, sendo um passo significativo para a cidade de Canela. A implementação de infraestrutura que favoreça o uso de bicicletas não só promoveria um estilo de vida saudável, mas também aumentaria a atratividade de Canela como um destino turístico.

Entenda o novo modelo de concessão

O novo plano de concessões do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, apresentado pelo governador Eduardo Leite, propõe mudanças significativas nas rodovias da região das Hortênsias. A ideia é substituir as antigas praças de pedágio por um sistema de cobrança baseado em pórticos eletrônicos que operam no modelo “free flow”. Essa mudança é apresentada como uma solução mais eficiente e justa, mas a inclusão da ERS-466 no modelo de cobrança rapidamente se tornou um ponto de discórdia.

O investimento de R$ 6,41 bilhões reservado para a modernização da infraestrutura ao longo de 30 anos traz esperanças de melhorias nas vias locais. No entanto, muitas pessoas se questionam se as obras planejadas justificam a imposição de pedágios em estradas que sempre foram de acesso livre. A persistente insatisfação da comunidade canelense reflete a necessidade de um diálogo mais aberto sobre os reais benefícios e custos envolvidos.

O modelo “free flow”, por sua vez, está com promessas de eficiência, mas traz à tona a preocupação de que, na prática, a cobrança aumentará o número de pedágios, tornando quase impossível circular na região sem pagar por isso. Portanto, a pressão para revisar a inclusão da ERS-466 nesse modelo é importante não apenas para Canela, mas para toda a fervilhante Região das Hortênsias, que depende do turismo.

O ponto de discórdia: ERS-466 e o novo aeroporto

A construção de um novo aeroporto em Vila Oliva, Caxias do Sul, levanta discussões sobre como os pontos de pedágio impactarão o deslocamento entre as cidades. O governo estadual considera que a instalação de um pórtico na ERS-466 é estratégica, pois futuramente ligará Canela ao novo aeroporto. Isso significa que os turistas que chegarem ao aeroporto precisarão pagar pedágios para acessar os parques e atrações de Canela, o que poderia desestimular a visita à região.

Qualquer estratégia que envolva um aumento de custos para os turistas é visto com cautela, especialmente em uma era onde o turismo é uma importante fonte de receita para muitas cidades. A preocupação do prefeito Gilberto Cezar em relação ao impacto econômico da instalação deste pedágio reflete a realidade de muitas cidades que dependem do fluxo constante de visitantes.

Cezar argumenta que existem alternativas mais sustentáveis que poderiam unir as necessidades de infraestrutura com um compromisso genuíno com a comunidade, sem a necessidade de taxar as vias que historicamente sempre foram acessíveis a todos. A proposta de uma ciclovia, por exemplo, é um exemplo de mudança positiva que poderia beneficar tanto a população local quanto os turistas que visitam a região.

A reação da comunidade e a mobilização

Após a divulgação do plano de pedágio na ERS-466, uma onda de reações surgiu entre os moradores. As mensagens enviadas a Gilberto Cezar expressavam preocupação e oposição à cobrança. Isso demonstra que a população não apenas está engajada, mas também disposta a lutar pelos seus direitos e pela preservação de sua qualidade de vida.

Além disso, já estão em curso mobilizações para coletar assinaturas e realizar reuniões comunitárias que discutam a situação. Essas ações demonstram uma crescente conscientização sobre a importância de defender os interesses locais.

Cezar busca não apenas reverter a decisão, mas também envolver os cidadãos neste processo. É fundamental que a população tenha voz ativa nas questões que afetam seu cotidiano. A luta contra o pedágio se transformou em um símbolo de resistência e união para a comunidade canelense.

Frequentemente Perguntado

Como o pedágio na ERS-466 afetará o turismo em Canela?
A cobrança de pedágio pode desestimular visitantes, já que muitos podem optar por não pagar para acessar a região, o que impactaria negativamente o turismo local.

Quais são as vantagens da proposta de ciclovia em relação ao pedágio?
A ciclovia oferece uma opção de transporte sustentável e seguro, promovendo um estilo de vida saudável e ampliando as experiências turísticas na natureza.

O que pode ser feito para contestar a decisão do governo?
Os cidadãos podem se mobilizar, coletar assinaturas e realizar reuniões comunitárias para discutir e apresentar suas preocupações ao governo estadual.

Qual é a importância da inclusão da comunidade no debate?
A participação da população é essencial para garantir que suas vozes sejam ouvidas e que seus interesses sejam considerados nas decisões que afetam suas vidas.

Como a prefeitura poderá apresentar dados que comprovem a desnecessidade do pedágio?
O prefeito pode utilizar dados sobre o impacto econômico, o fluxo de turismo e dados de acessibilidade que mostrem como a ERS-466 é vital para a comunidade.

Quais são os próximos passos para o prefeito em relação ao pedágio?
O prefeito planeja se reunir com a equipe do governo estadual para apresentar evidências e buscar uma solução que não envolva a imposição de pedágios na ERS-466.

Conclusão

A situação envolvendo o pedágio na ERS-466 e a proposta de ciclovia em Canela destaca um ponto crucial no equilíbrio entre a necessidade de infraestrutura e o desejo de preservar a identidade de uma comunidade. A mobilização do prefeito Gilberto Cezar, juntamente com o apoio da população local, evidencia que é possível encontrar soluções alternativas que beneficiem a todos.

O futuro da ERS-466 ainda é incerto, mas um fato é claro: a comunidade de Canela está unida e disposta a lutar por um legado que preserve sua cultura, suas belezas naturais e seu potencial turístico. A proposta de ciclovias, o engajamento da população e a pressão pelo diálogo com o governo são passos importantes para moldar um futuro que respeite e valorize a identidade canelense.

Neste caminho, a esperança é de que a razão prevaleça, permitindo que Canela continue a brilhar como um destino turístico vibrante, ao mesmo tempo em que promove o desenvolvimento sustentável e o bem-estar de sua população.





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