Acessos a Gramado e Canela terão mais pórticos de pedágio, anuncia Governo do RS. Entenda o novo modelo de pedágio.

O acesso à Região das Hortênsias, que compreende cidades turísticas icônicas como Gramado e Canela, está prestes a passar por uma transformação significativa. O governador Eduardo Leite anunciou um novo modelo para o sistema de pedágios que irá alterar drasticamente como os motoristas percorrem essas rotas. Esse projeto traz novidades que, embora tragam algumas preocupações, prometem melhorar a experiência de deslocamento, aumentar a segurança e potencializar os investimentos na infraestrutura da região.

O novo sistema, chamado de “free flow” — ou fluxo livre — substituirá as atuais praças de pedágio, que são geridas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). Ao invés de parar em pontos fixos para pagar a tarifa, os motoristas passarão por pórticos eletrônicos que registrarão a cobrança baseado na quilometragem percorrida. Essa mudança, ao mesmo tempo que visa a eficiência e a agilidade, acarretará um aumento no número de cobranças ao longo das estradas que levam a essa famosa região turística.

O Novo Modelo de Pedágios e Suas Implicações

A principal mudança que o novo modelo promete é a extinção das praças de pedágio tradicionais e a introdução de 23 pórticos de cobrança no Bloco 1 de rodovias estaduais. Esses pórticos se espalharão por principais acessos, como a RS-115, que liga a região ao Vale do Paranhana, e a RS-235, que conecta Gramado a Nova Petrópolis. Esse sistema possibilitará um controle eletrônico mais moderno e, a princípio, mais justo, pois a cobrança será feita de acordo com a distância percorrida.

A RS-115, conhecida por ser a principal via de acesso a Gramado, se destacará com a instalação de pórticos em Três Coroas e em Gramado. Já a RS-235, que é a rota principal para quem vem de Nova Petrópolis, terá pórticos em diferentes pontos, incluindo Gramado e São Francisco de Paula. Por fim, a RS-466, que leva ao Parque do Caracol, também receberá um pórtico para garantir que todo caminhante que deseja acessar esses locais turísticos possa contribuir para a manutenção das rodovias.

Cobrança Mais Justa ou Aumento Exagerado de Custos?

Apesar das promessas de que a nova cobrança por quilômetro rodado poderá, em alguns casos, resultar em tarifas finais menores para os turistas e moradores locais, muitos motoristas se perguntam se o aumento nos pontos de cobrança não se tornará um transtorno. Por exemplo, atualmente, o trajeto entre Caxias do Sul e Gramado conta com uma única passagem de pedágio, cujo valor é de R$ 7,10. Com a implementação do novo sistema, esse percurso terá dois pórticos, que, segundo estimativas do governo, poderão gerar uma cobrança total de R$ 5,77 — um valor potencialmente mais barato.

A projeção inicial do governo calcula que a tarifa por quilômetro rodado ficará em torno de R$ 0,21, uma redução significativa em relação ao que seria o custo original de R$ 0,32. Portanto, a expectativa é de que, com a colaboração de recursos governamentais, como um aporte de R$ 1,5 bilhão, o sistema possa oferecer um alívio financeiro a quem utiliza essas rotas.

Localização Estratégica dos Novos Pórticos e Impacto na Mobilidade

Uma das características mais notáveis do novo modelo de pedágio é a estratégia por trás da localização dos pórticos. A instalação de um deles na RS-466 se destaca, especialmente porque essa rodovia será estendida rumo ao novo aeroporto de Vila Oliva, em Caxias do Sul, o que torna a passagem pelo pórtico inevitável para turistas que chegam à região. A previsão é que o valor da tarifa nesse trecho seja uma das mais altas, estimando-se em R$ 5,92.

A mudança no modelo de cobrança também visa aumentar a segurança nas estradas, ao garantir que as vias estejam bem mantidas e que os investimentos em infraestrutura sejam contínuos. O valor arrecadado com os pedágios poderá ser revertido em melhorias nas rodovias e serviços que favorecem tanto visitantes quanto moradores da região.

Obras e Infraestrutura Futuras

O novo projeto também envolve um investimento robusto, estimado em R$ 6,41 bilhões, financiado pela iniciativa privada ao longo de 30 anos. Além das prováveis melhorias diretas na malha viária, como duplicações da RS-115 e RS-235, o governo planeja construir pontes mais elevadas, implementar sistemas de drenagem e estabelecer medidas para prevenir deslizamentos de terra. Essas medidas visam garantir que as estradas sejam resilientes e capazes de suportar eventos climáticos severos, proporcionando maior segurança para quem trafega por elas.

A implementação desse novo sistema de pedágios, além de modernizar a infraestrutura viária da Região das Hortênsias, representará um passo significativo para que o Estado Executivo provavelmente conclua obras que, de outra forma, seriam inviáveis sem a atração de investimentos privados.

O Caminho à Frente: Audiências Públicas e Procedimentos

Neste novo cenário, o governo também enfatiza a importância da participação da população por meio de consultas públicas e audiências, que deverão ocorrer em breve. A previsão é que a publicação do edital aconteça no primeiro trimestre de 2026, enquanto o leilão dos contratos está programado para o segundo semestre do mesmo ano. Após a assinatura dos contratos, a EGR sairá de operação dos trechos definidos, dando início a uma nova fase para as rodovias da região.

Essa abertura ao diálogo com a população é crucial, pois permite que a voz dos cidadãos seja considerada na formulação de um modelo que impacta o dia a dia de milhares de pessoas. A opinião da comunidade deve sempre ter um papel preponderante em decisões que influenciam o viário local e o turismo.

Acessos a Gramado e Canela terão mais pórticos de pedágio anuncia Governo do RS. Entenda novo modelo

A mudança mais significativa nesta reforma do modelo de pedágio é a multiplicação do número de pontos de cobrança. Assim como mencionado anteriormente, a inclusão de pórticos em locais estratégicos visa não só a geração de receita, mas também um controle mais eficiente de quem utiliza as rodovias. Essa é uma oportunidade para refletirmos sobre como podemos ter um acesso mais seguro e sustentado às nossas cidades.

Para quem se despede da tranquilidade do interior e se lança nas distâncias rumo a Gramado e Canela, a nova estrutura pode ser uma forma de proporcionar uma melhor experiência, desde que as tarifas sejam justas e bem administradas. Além disso, é sempre necessário que os motoristas estejam atentos às atualizações e às dicas sobre o tráfego nessas novas rotas, garantindo assim um deslocamento mais cômodo e econômico.

Perguntas Frequentes

O que mudou com a nova cobrança de pedágio na região?
O modelo de cobrança passa a ser por quilômetro rodado, com a extinção das praças de pedágio tradicionais.

Quais são os principais locais onde os novos pórticos serão instalados?
Os pórticos estarão em Três Coroas e Gramado na RS-115, em Nova Petrópolis, Gramado e São Francisco de Paula na RS-235, e em Gramado na RS-466.

Como o novo sistema impactará o custo da viagem?
Embora haja mais pontos de cobrança, a cobrança por quilômetro pode resultar em tarifas finais mais baratas em alguns trajetos.

Qual será o investimento total do projeto?
O investimento é estimado em R$ 6,41 bilhões, financiado por recursos privados ao longo de 30 anos.

Quando o sistema começará a funcionar?
O edital deve ser publicado no primeiro trimestre de 2026, com o leilão ocorrendo no segundo semestre do mesmo ano.

Como posso ficar informado sobre audiências e consultas públicas?
O governo realizará audiências e consultas públicas, e detalhes sobre essas oportunidades devem ser divulgados por meio de canais de comunicação oficiais.

Considerações Finais

À medida que a Região das Hortênsias se prepara para esta nova era de pedágios, é fundamental que tanto os cidadãos quanto os visitantes compreendam as mudanças e se sintam participativos neste processo. O novo modelo tem o potencial de não apenas racionalizar a cobrança, mas também de oferecer um vislumbre de um futuro onde a melhoria contínua das infraestruturas garantirá um turismo ainda mais robusto e sustentável.

Embora a implementação do sistema de “free flow” traga desafios e preocupações, é essencial visualizá-lo como uma oportunidade de investimento na infraestrutura que há muito a Região das Hortênsias necessita. Unidos, motoristas, moradores e autoridades podem transformar um trânsito de reclamações em um fluxo de possibilidades.





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